No quinto episódio da rubrica Flashback, o Rui Silva convidou o Hugo Tavares da Silva (jornalista do Expresso) para viajar até 5 de julho de 1982, em Barcelona, no dia em que a Itália bateu o Brasil por 3-2 na segunda fase de grupos do Mundial de Espanha.

Há quem diga que foi o dia em que o futebol morreu. O momento em que a arte começou a ser substituída pelo pragmatismo. A tarde em que duas árvores de treinadores nasceram: uma fã da estética e outra fã da organização coletiva em detrimento do individual.

O jogo da Tragédia do Sarriá, como também ficou conhecido, é um mimo. Tem a camisola rasgada de Zico perante a marcação impiedosa de Gentile, a redenção de Rossi, a fazer hat-trick poucos meses depois de cumprir uma suspensão de dois anos, lendas como Sócrates, Conti ou Falcão e um jovem de 18 anos chamado Bergomi a entrar à pressa.

A Itália venceu, seguiu em frente e foi campeã do mundo. Mas aquele Brasil de 1982, de Telé Santana, conquistou um lugar no coração dos adeptos e provou que às vezes não é preciso ganhar para deixar um enorme legado.

O Rui e o Hugo falam de tudo isto e muito mais durante mais de uma hora.